Jornal Carangola

29 de nov de 20225 min

Cemaden/MCTI emite alerta sobre Previsão de Risco Geo-Hidrológicos para o sudeste.

Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais - Cemaden/MCTI emite alerta sobre Previsão de Risco Geo-Hidrológicos. Nesta quarta-feira (30/11/2022), o cenário de risco de eventos geo-hidrológicos para as mesorregiões do Brasil é apresentado a seguir:
 


 
Risco Hidrológico


 
● Região Sul: Paraná e Santa Catarina.


 
Considera-se ALTA a possibilidade de ocorrências hidrológicas, nas mesorregiões: Norte Catarinense, Vale do Itajaí e Grande Florianópolis no estado de SC e Metropolitana de Curitiba no estado do PR (Figura 1), devido aos acumulados prévios de umidade no solo nas últimas 72 horas e à previsão de pancadas de chuva, que podem ser de intensidade moderada a forte, com potencial para aumentar os acumulados preexistentes. Tais condições, associadas à presença de áreas de alta suscetibilidade, favorecem a ocorrência de eventos hidrológicos de enxurrada, inundação de rios e tributários, extravasamento dos canais de drenagem e alagamentos temporários de áreas rebaixadas.


 
Considera-se MODERADA a possibilidade de ocorrências hidrológicas, na mesorregião Sul Catarinense no estado de Santa Catarina (Figura 1), devido à previsão de pancadas de chuva, que podem ser de intensidade moderada a forte ao longo do dia. Neste contexto, não se descarta a ocorrência de enxurradas, inundações pontuais dos córregos canalizados em áreas urbanas, extravasamento dos canais de drenagem e alagamentos temporários de áreas rebaixadas. Ressalta-se que, em caso de possíveis ocorrências, o número de pessoas afetadas pode ser abrangente.
 

 
● Região Sudeste: São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo.


 
Considerando a previsão meteorológica para amanhã, é ALTA a possibilidade de ocorrências hidrológicas, nas mesorregiões: Metropolitana de São Paulo e Litoral Sul Paulista no estado de São Paulo (Figura 1), devido aos acumulados prévios de umidade no solo nas últimas 72 horas e à previsão de pancadas de chuva, que podem ser de intensidade moderada a forte, com potencial para aumentar os acumulados preexistentes. Tais condições, associadas à presença de áreas de alta suscetibilidade, favorecem a ocorrência de eventos hidrológicos de enxurrada, inundação de rios e tributários (com destaque para o rio Ribeira de Iguape cujos níveis fluviométricos estão em ascensão gradual), extravasamento dos canais de drenagem e alagamentos temporários de áreas rebaixadas.


 
Considera-se MODERADA a possibilidade de ocorrências relacionadas aos processos hidrológicos nas mesorregiões dos estados de Espírito Santo e Rio de Janeiro; Metropolitana, Sul, Sudoeste e Zona da Mata no estado de Minas Gerais; Campinas, Macro Metropolitana e Vale do Paraíba no estado do SP (Figura 1), devido à previsão de pancadas de chuva, que poderá variar entre moderada a forte em algumas localidades. Neste contexto, não se descarta a ocorrência de enxurradas, inundações pontuais dos córregos canalizados em áreas urbanas, extravasamento dos canais de drenagem e alagamentos temporários de áreas rebaixadas. Ressalta-se, que em caso de possíveis ocorrências, o número de pessoas afetadas pode ser abrangente.


 
● Região Nordeste: Bahia, Sergipe, Alagoas e Pernambuco.


 
Considera-se MODERADA a possibilidade de ocorrências hidrológicas, nas mesorregiões: do Nordeste Baiano, Metropolitana de Salvador e Litoral Sul Baiano no estado da Bahia; Leste Sergipano no estado de Sergipe; Leste Alagoano no estado de Alagoas; e, Mata Pernambucana e Metropolitana de Recife no estado de Pernambuco (Figura 1), devido à previsão de pancadas de chuva, que podem ser de intensidade moderada a forte ao longo do dia. Neste contexto, não se descarta a ocorrência de enxurradas, inundações pontuais dos córregos canalizados em áreas urbanas, extravasamento dos canais de drenagem e alagamentos temporários de áreas rebaixadas. Ressalta-se que, em caso de possíveis ocorrências, o número de pessoas afetadas pode ser abrangente.
 

Figura 1 - Possibilidade de ocorrências hidrológicas em ao menos um município das mesorregiões indicadas. Este mapa é elaborado por uma equipe multidisciplinar, levando em consideração os cenários de riscos hidrológicos atuais somados à previsão de chuva.
 

Risco Geológico


 
● Região Sul: Paraná e Santa Catarina.


 
Considera-se MUITO ALTA a possibilidade de ocorrência de movimentos de massa (Figura 2) na porção leste da mesorregião do Norte Catarinense e na Região Metropolitana de Curitiba, com destaque para os municípios que possuem elevados acumulados nas últimas 72 horas (superiores a 250 mm em muitas localidades) que elevaram os níveis de umidade do solo, aumentando a instabilidade das encostas. Este cenário, associado à previsão de continuidade da chuva com intensidade moderada a forte ao longo do dia e a presença de áreas de alta suscetibilidade natural à movimentos de massa, favorece a ocorrência de deslizamentos esparsos induzidos, deslizamentos de terra pontuais, bem como, rolamento de blocos em encostas.


 
Considera-se ALTA a possibilidade de ocorrência de movimentos de massa ( Figura 2) no Vale do Itajaí e na Grande Florianópolis, devido aos expressivos acumulados registrados nas últimas 72 horas (superiores a 200 mm em algumas localidades) que contribuíram para elevar a umidade do solo e aumentar a instabilidade das encostas. Este cenário, associado à previsão de chuva forte ao longo do dia e a presença de áreas de alta suscetibilidade nestes locais, poderá ser suficiente para deflagrar deslizamentos de terra nas encostas.


 
Considera-se MODERADA a possibilidade de ocorrência de movimentos de massa (Figura 2) no Sul Catarinense, devido à previsão meteorológica indicar chuva moderada a forte ao longo do dia, que associada aos acumulados já observados, poderá ser suficiente para deflagrar deslizamentos de terra pontuais.
 

 
● Região Sudeste: Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo.


 
Considera-se ALTA a possibilidade de ocorrência de movimentos de massa ( Figura 2) no Litoral Sul Paulista, na Região Central Espírito-Santense e no Litoral Norte Espírito-Santense, devido à possibilidade de chuva moderada a forte ao longo do dia. Este cenário, associado aos acumulados registrados nos últimos dias, poderá ser suficiente para deflagrar deslizamentos de terra nas áreas suscetíveis.


 
Considera-se MODERADA a possibilidade de ocorrência de movimentos de massa (Figura 2) no Vale do Paraíba Paulista, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, no Sul e Centro Fluminense e no Sul Espírito-Santense devido à previsão meteorológica indicar chuva moderada à forte ao longo do dia, que poderá ser suficiente para deflagrar deslizamentos de terra nas áreas com suscetibilidade. Também é MODERADA a possibilidade de ocorrência de movimentos de massa na Região Metropolitana de São Paulo, com destaque para a Baixada Santista, devido aos altos acumulados registrados na últimas 24 horas e à possibilidade de chuva moderada a forte ao longo do dia, que poderá ser suficiente para deflagrar deslizamentos de terra pontuais.
 

 
● Região Nordeste: Alagoas, Bahia e Sergipe.


 
Considera-se ALTA a possibilidade de ocorrência de movimentos de massa (Figura 2) no Sul Baiano e na Região Metropolitana de Salvador, devido à previsão de pancadas de chuva com forte intensidade ao longo do dia. Este cenário, associado aos acumulados registrados no decorrer da última semana e a presença de áreas de alta vulnerabilidade nestes locais, podem ser suficientes para deflagrar deslizamentos nas áreas suscetíveis.


 
Considera-se MODERADA a possibilidade de ocorrência de movimentos de massa (Figura 2) no Leste Sergipano e no Leste Alagoano, devido à previsão meteorológica indicar chuva moderada a forte ao longo do dia, que poderá ser suficiente para deflagrar deslizamentos de terra pontuais.
 


 
Figura 2 - Possibilidade de ocorrência de deslizamentos em ao menos um município das mesorregiões (e/ou subdivisões regionais) indicadas. Este mapa é elaborado por uma equipe multidisciplinar, levando em consideração as condições dos cenários de riscos geológicos atuais somados à previsão de chuva.
 

 

Fonte: Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais - Cemaden/MCTI