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Estudo da USP neutraliza o vírus da Covid-19 com o uso de ultrassom




Teste foi feito 'in vitro'. Se comprovada a eficácia em humanos, o método combateria a doença sem o uso de medicamentos. Artigo com resultado já foi publicado na revista científica BioRxiv.


Pesquisadores do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos, conseguiram neutralizar o vírus da Covid-19 com o uso de um ultrassom, em um trabalho experimental ‘in vitro’.


O estudo, que ainda está em fase de desenvolvimento, foi feito em parceria com a Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP de Ribeirão Preto. Se comprovada a eficácia em humanos, o método combateria a doença sem o uso de medicamentos.


O primeiro resultado do estudo foi positivo e as moléculas infectadas pelo coronavírus sofreram alteração na proteína Spike, a mais importante.


“Essa frequência de ultrassom que a gente está estudando consegue alterar a forma dessa spike. A partir dai você tem a alteração da proteína que o vírus utilizaria como uma chave para entrar na célula infectada, então a célula não é mais infectado e você interrompe a evolução da infecção viral”, disse Ronaldo Martins, professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP Ribeirão Preto.


INATIVAÇÃO DO CORONAVÍRUS


Os testes ‘in vitro’, que são estudos realizados fora de um organismo vivo em laboratório, comprovaram pela primeira vez que o ultrassom poderia inativar o vírus da Covid.


“Esse experimento demonstra pela primeira vez no mundo que o SARS-CoV-2 pode ser destruído por ultrassom ‘in vitro’. Uma vez que nós publicamos esse trabalho ‘in vitro’, ele está aberto para toda a comunidade cientifica, então podemos ter laboratórios de todo o planeta trabalhando em conjunto para tentar evoluir esse experimento para que ele seja conduzido em animais e em humanos”, disse Odemir Bruno, professor do Instituto de Física de São Carlos.



Parte dos testes aconteceu em um laboratório de virologia nível 3. “A gente utilizou o equipamento de ultrassom com cinco frequências diferentes. De maneira bem interessante a gente demonstra que apenas uma dessas frequências foi capaz de inibir a infecção de forma específica”, explicou Flávio Protasio Veras, professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas.


Os pesquisadores também acreditam que a tecnologia seja capaz de combater outros tipos de vírus com a mesma estrutura do coronavírus. “O coronavírus é uma família enorme de vírus e tem outros vírus que são parecidos de características. Resta saber qual é o tipo de frequência para ser aplicada que talvez tenha essa diferença para outros coronavírus que causam doenças”, disse Veras.


EQUIPAMENTO ACESSÍVEL


Uma das grandes vantagens do tratamento é que além de dispensar o uso de medicação, o ultrassom é um equipamento acessível e presente em boa parte das unidades de saúde.


“A gente torna essa pesquisa extremamente aplicável e segura, uma vez que esses equipamentos são utilizados em pacientes grávidas para identificar o bebê, exatamente o mesmo que a gente utiliza”, afirmou Veras.

O artigo com o resultado da pesquisa já foi publicado na revista científica norte-americana BioRxiv e os pesquisadores já iniciaram os testes em animais.


“A partir dessas validações promover um estudo clínico com pacientes Covid e avaliar o quanto esse tratamento com ultrassom colaborou para a melhora do quadro clínico”, disse o professor Martins.

PRÓXIMOS PASSOS


Vários passos ainda precisam ser estudados, como a frequência adequada do ultrassom e a reação do corpo após a quebra das moléculas do vírus no organismo.


Contudo, os pesquisadores já têm uma ideia de como a tecnologia poderia ser aplicada. “O paciente pode, por exemplo, colocar um colar no seu pescoço e, em questão de minutos, o vírus estaria inativado. É claro que isso é um sonho que ainda não está tão próximo, mas esse experimento abre possibilidades para que esse sonho se realize”, destacou o professor Odemir Bruno.

Redação Jornal Carangola

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