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TRAGÉDIA? Vale diz ao MP que talude de mina em Barão de Cocais pode se romper a partir deste domingo


Documento da mineradora estima que a ruptura da cava da Mina Gongo Soco poderá ocorrer no período de 19 a 25 de maio. O receio é que o impacto possa atingir a Barragem Sul Superior.


O Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG) fez uma recomendação à mineradora Vale para que a empresa adote “imediatamente” uma série de medidas para deixar claro à população de Barão de Cocais (MG) sobre os riscos de rompimento da barragem de mineração Sul Superior, da Mina de Gongo Soco. De acordo com a Vale, o rompimento poderá ocorrer entre 19 e 25 de maio.


A informação sobre o risco de rompimento foi obtida pelo MPMG junto à própria minerador que descreveu em documento;


“uma deformação no talude norte da Cava de Gongo Soco, na Mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais, passível de provocar a sua ruptura, gerando vibração capaz de ocasionar a liquefação da Barragem Sul Superior, levando ao rompimento da estrutura e, por conseguinte, danos sociais e humanos imensuráveis para a região”.

Segundo nota do MPMG, divulgada nesta quinta-feira (16), a Vale deve comunicar "por meio de carros de som, jornais e rádios, informações claras, completas e verídicas” sobre a condição estrutural da barragem. O Ministério Público quer que moradores e pessoas que estejam transitoriamente na cidade, no sudeste de Minas Gerais, saibam dos "potenciais danos e impactos de eventual rompimento”.



A recomendação assinala que a empresa deve fornecer “total apoio logístico, psicológico, médico, bem como insumos, alimentação, medicação, transporte e tudo que for necessário” às pessoas eventualmente atingidas.


A Vale também deverá manter posto de atendimento 24 horas nas proximidades dos centros das cidades de Barão de Cocais, Santa Bárbara e São Gonçalo do Rio Abaixo. Os postos deverão “contar com equipe multidisciplinar preparada para acolhimento, atendimento e atuação rápida e pronta a serviço dos cidadãos”.


Em comunicado, a Vale ressalta que “não há elementos técnicos até o momento para se afirmar que o eventual escorregamento do talude Norte da Cava da Mina Gongo Soco desencadeará gatilho para a ruptura da Barragem Sul Superior”.



Alerta desde fevereiro

Em 8 de fevereiro, a Vale acionou nível de alerta 2 para a Barragem Sul Superior e “desde então [...] vem mantendo interlocução com as comunidades, prefeituras, defesas civis, empresas e demais órgãos competentes da região”.

Naquela data, diz a Vale, cerca de 400 pessoas da Zona de Autossalvamento (ZAS) da barragem - comunidades de Piteiras, Socorro, Tabuleiro e Vila do Gongo “haviam sido removidas preventivamente e foram acolhidas em moradias provisórias”, alugadas pela empresas, hotéis, pousadas da região e casa de familiares.


Em 23 de maio, o nível de alerta passou de 2 para 3, com o acionamento das sirenes no município. Dois dias depois, moradores do município chegaram a simular fuga da área que pode ser atingida.


Em 8 de fevereiro, a Vale acionou nível de alerta 2 para a Barragem Sul Superior e “desde então [...] vem mantendo interlocução com as comunidades, prefeituras, defesas civis, empresas e demais órgãos competentes da região”.


Naquela data, diz a Vale, cerca de 400 pessoas da Zona de Autossalvamento (ZAS) da barragem - comunidades de Piteiras, Socorro, Tabuleiro e Vila do Gongo “haviam sido removidas preventivamente e foram acolhidas em moradias provisórias”, alugadas pela empresas, hotéis, pousadas da região e casa de familiares.


Em 23 de maio, o nível de alerta passou de 2 para 3, com o acionamento das sirenes no município. Dois dias depois, moradores do município chegaram a simular fuga da área que pode ser atingida.


Dimensão dos danos


A Defesa Civil Estadual disse, na quarta-feira (15), que, caso haja deslocamento da estrutura, ainda não se sabe a força, nem a quantidade de material que seria levado para dentro da cava, que fica atrás da Barragem Sul Superior.



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