Com menos de 7% das crianças entre seis meses e seis anos imunizadas contra a gripe, a prefeitura de Belo Horizonte reforçou o chamado para que pais e responsáveis levem os filhos aos centros de saúde. A campanha de vacinação contra o vírus influenza começou na capital em 31 de março e, desde então, cerca de dez mil das 155 mil crianças alvo da campanha foram vacinadas.

Segundo o gerente de vigilância epidemiológica da secretaria municipal de saúde de Belo Horizonte, Hoberdan Oliveira, a vacinação das crianças é fundamental para evitar complicações e casos graves que podem levar à morte.

“Crianças abaixo de seis anos a gente está com incidência ainda muito baixa, em torno de 6,8%. A ideia é que a gente sensibilize os pais e os responsáveis para encaminhar o mais brevemente possível as crianças e os grupos prioritários para se imunizarem. Os vírus, a influenza, eles podem realmente piorar a situação do paciente a ponto de internar, aumentar o número de internações, e o paciente evoluir para terapia intensiva e, às vezes, até óbito. Então, a importância da vacinação contra três vírus de influenza, o H1N1, o H3N2 e o influenza B, é o momento de não só tomar a vacina contra gripe mas outras vacinas que podem estar pendentes no cartão vacinal dessas crianças.”

Além das crianças, outros grupos prioritários precisam buscar a vacina, explica o gerente.

“Devem ser vacinados nesse momento as puérperas, as mulheres com até 45 dias após o parto. Foi ampliado também para os professores do ensino básico, fundamental, superior. Pessoas com deficiência permanente. Indivíduos com doenças crônicas ou condições clínicas especiais. Os trabalhadores de transporte coletivo, caminhoneiros além de povos indígenas e comunidades quilombolas. Uma novidade também, nesse momento, são os profissionais dos Correios, que também foi ampliado.”

O aumento da cobertura vacinal também é importante para as pessoas que não podem se vacinar, pois reduz a circulação dos vírus, afirma Hoberdan Oliveira.

“As pessoas precisam realmente ficarem sensibilizadas em relação à importância da vacinação. Não só para luz proteger, mas para proteger também crianças que não podem receber vacinas, estão expostas. Abaixo de seis meses não são recomendadas as vacinas. e algumas pessoas, alguns grupos de risco que também não podem receber por algum motivo natural de doença ou de imunocompetência. Enfim, a gente precisa realmente reforçar a importância de imunizar contra esses vírus. Nós temos vacinas em quantidade suficiente para atender todo esse público que já está preconizado nessa campanha.”

Conforme a prefeitura, as vacinas contra a gripe estão disponíveis nos 153 centros de saúde e seis pontos de vacinação extras instalados na cidade. Para receber a vacina é preciso apresentar a certidão de nascimento da criança, um documento de identificação com foto, o CPF e o cartão de vacina.