Polícia mira grupo criminoso que aplicava golpes pela internet; prejuízo chega a R$ 1 milhão
Golpes Virtuais em Minas: Organização Criminosa de Goiás Alvo de Megaoperação

Golpes Virtuais em Minas: Organização Criminosa de Goiás Alvo de Megaoperação
Grupo com mais de 50 pessoas aplicava fraudes em idosos e movimentava milhões em contas bancárias
Uma rede de golpes que ultrapassa fronteiras estaduais e revela a face mais sombria do crime digital no Brasil
Em uma operação articulada com precisão cirúrgica, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) desmantelou uma vasta organização criminosa baseada em Goiânia, que vinha aterrorizando moradores de diversas cidades mineiras, especialmente Belo Horizonte. O grupo, composto por mais de 50 integrantes, está sendo investigado por fraudes eletrônicas em larga escala, que atingiram 67 vítimas — ao menos 20 delas com mais de 60 anos.
Fraudes digitais: o novo crime silencioso que cresce nas redes
Durante coletiva de imprensa, o delegado Thiago Machado, chefe do Departamento de Operações Especiais (DEOESP), revelou o funcionamento da quadrilha: "Os criminosos usavam desde anúncios falsos em redes sociais até golpes por PIX. Foi identificado um esquema sofisticado que envolvia a abertura de mais de 100 contas bancárias, com movimentações superiores a R$ 1 milhão."
Embora os mandados de prisão de 17 suspeitos não tenham sido autorizados neste primeiro momento, a investigação segue em ritmo acelerado. Ao todo, foram expedidos 18 mandados de busca — 16 em Goiânia, um em Morrinhos (GO) e outro em Paraíso do Tocantins.
Manipulação emocional e engenharia social: a nova arma do crime
Especialistas apontam que a ação do grupo é reflexo de um cenário preocupante: o aumento exponencial de golpes baseados em técnicas de persuasão, engenharia social e manipulação emocional. Idosos, por estarem mais vulneráveis digitalmente, se tornam alvos recorrentes.
Segundo a polícia, o número de vítimas pode ser muito maior. As redes sociais, por seu caráter instantâneo e informal, funcionavam como o terreno fértil para os estelionatários criarem armadilhas quase imperceptíveis.
Prevenção e conscientização: a melhor defesa contra crimes digitais
Veja as principais recomendações para se proteger:
❌ Nunca forneça dados pessoais, senhas ou códigos de segurança por telefone, mensagem ou e-mail.
❌ Jamais entregue seu cartão a terceiros, mesmo que inutilizado.
❌ Não clique em links suspeitos, mesmo que pareçam vir de fontes confiáveis.
❌ Sempre verifique o valor e os dados de qualquer transação antes de confirmar.
❌ Desconfie de promessas fáceis, sorteios ou ofertas milagrosas.
Os bancos reforçam que **não solicitam a instalação de aplicativos**, **não recolhem cartões em residências** e **nunca pedem dados por telefone**.
A responsabilidade compartilhada: poder público, tecnologia e cidadania
Além da repressão policial, especialistas em cibersegurança e psicologia social alertam: a educação digital deve ser tratada como política pública urgente. Não basta punir os culpados — é preciso empoderar a população com informações práticas e linguagem acessível, para que cada cidadão seja o primeiro agente de sua própria segurança.
Em tempos de hiperdigitalização, a luta contra o crime não se faz apenas com armas e algemas, mas também com conhecimento e empatia.
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