Vacina contra a dengue está em falta em Belo Horizonte

Vacina contra a dengue acaba em BH e escancara falhas logísticas e baixa adesão
"Vacinas acabam nos postos de saúde de BH; Ministério da Saúde diz que mandou doses suficientes"
📌 Crise na saúde pública: imunização contra a dengue é interrompida na capital mineira
A campanha de vacinação contra a dengue em Belo Horizonte, antes vista como um marco no combate à epidemia viral, foi subitamente interrompida nesta segunda-feira, 5 de maio de 2025. A Prefeitura confirmou a **falta total de doses da vacina Qdenga** nos centros de saúde da capital, enquanto o Governo Federal afirma ter enviado uma quantidade considerada suficiente: **700 mil doses para o estado de Minas Gerais**.
🔍 Disputa de narrativas entre governo federal e prefeitura
Segundo a **Secretaria Municipal de Saúde de BH**, todas as vacinas recebidas foram imediatamente aplicadas — ao todo, **144 mil doses** apenas na capital. No entanto, dados do Ministério da Saúde indicam que apenas **450 mil das 700 mil doses enviadas** ao estado foram efetivamente utilizadas, levantando dúvidas sobre a logística de distribuição e a aderência vacinal nos municípios mineiros.
Esse impasse escancara uma velha fragilidade do sistema público: a fragmentação entre esferas federativas, que compromete a efetividade de políticas de saúde em situações emergenciais. A ausência de transparência na comunicação entre **Ministério da Saúde, Governo de Minas e prefeituras** coloca em risco a confiança da população no plano de imunização.
📉 Cobertura vacinal abaixo do esperado
Outro dado preocupante é a **baixa adesão à vacinação**: apenas **46,8% das crianças e adolescentes entre 6 e 14 anos** receberam a primeira dose, e **somente 18%** completaram o esquema vacinal com a segunda. A escassez de campanhas educativas, o medo de reações adversas e a desinformação nas redes sociais são fatores que ajudam a explicar essa adesão aquém do necessário.
⚠️ Falta de doses ou falha de gestão?
Apesar da sinalização da Prefeitura de BH quanto à necessidade de novas remessas, o Ministério da Saúde afirma que as doses não utilizadas em outros municípios poderiam ser remanejadas. Isso levanta uma questão crítica: **por que não houve planejamento prévio para redistribuição em tempo hábil?**
Especialistas defendem a necessidade de um sistema de redistribuição automatizado, baseado em **inteligência de dados em tempo real**, especialmente utilizando as informações da **Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS)**. A ausência dessa estrutura revela um ponto cego grave na política pública de saúde.
🗣️ Repercussão entre pais e profissionais da saúde
Nas redes sociais, pais relatam frustração e preocupação com a falta da vacina nos postos. Para muitos, o retorno às aulas e o avanço do outono acentuam o medo de uma explosão de casos. Enquanto isso, profissionais da saúde alertam para o risco de **perda de efetividade da vacinação parcial**, caso a segunda dose não seja aplicada dentro do intervalo recomendado.
🏥 O que pode ser feito agora?
Segundo fontes do setor, o **Governo de Minas pode redistribuir as doses estocadas em municípios com baixa aplicação**, enquanto aguarda um novo lote federal. Mas isso dependerá de articulação política e vontade administrativa — algo que, até agora, tem sido uma raridade.
📈 O futuro da vacinação no Brasil exige mudança de cultura
Além de superar os desafios logísticos e a burocracia, é fundamental um esforço conjunto de comunicação e mobilização social. A **dengue é uma ameaça endêmica** e requer resposta coordenada. Campanhas educativas, influenciadores sociais engajados e transparência institucional podem reverter o quadro de hesitação vacinal.
🎯 Conclusão
O caso de Belo Horizonte é emblemático. Mostra que não basta ter vacina: é preciso **distribuir com inteligência, engajar com empatia e planejar com estratégia**. A saúde pública não pode esperar. E, definitivamente, não pode ser vítima de disputas de narrativa enquanto vidas estão em risco.
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