🚦 Maio Amarelo 2025: PMMG transforma campanha em pacto de vida e mobilidade consciente

"Mobilidade humana, responsabilidade humana": PM de Minas deflagra ações educativas e reforça apelo por um trânsito mais humano e seguro

Por Jornal Carangola

Com o lema “Mobilidade humana, responsabilidade humana”, a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) deu início à campanha Maio Amarelo 2025, uma mobilização que ultrapassa os limites da simbologia para exigir ações concretas em defesa da vida no trânsito. Em um país marcado por cerca de 30 mil mortes anuais em acidentes viários, a proposta não é apenas sensibilizar, mas provocar uma ruptura com a cultura da imprudência.

A campanha ocorre simultaneamente em todo o estado, por meio de iniciativas do Batalhão de Polícia Militar Rodoviária (BPMRv) e do Batalhão de Trânsito (BPTran). As ações integram o escopo do Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (PNATRANS), instituído pela Lei Federal nº 13.614/2018, reforçando o papel constitucional do Estado na garantia do direito à mobilidade segura.

Minas Gerais: da malha rodoviária à armadilha viária

Minas detém a maior malha rodoviária do Brasil — um título que, sem infraestrutura adequada, se transforma em tragédia anunciada. O estado figura entre os líderes nacionais em ocorrências de acidentes, cenário agravado por estradas degradadas, sinalização precária e patrulhamento insuficiente. Nesse contexto, o Maio Amarelo emerge como grito ético por justiça viária e mobilização coletiva.

Educação e fiscalização: binômio que salva vidas

O foco da PMMG está nas ações educativas: simulações, blitzen orientativas, palestras, oficinas e atividades em espaços pedagógicos como a Transitolândia. No entanto, especialistas em segurança viária e políticas públicas defendem que a pedagogia, sozinha, não basta. Sem investimento em fiscalização ostensiva, tecnologia embarcada e reengenharia urbana, a mudança de comportamento continuará sendo utopia.

O desafio do investimento público em segurança viária

O desafio é estrutural: quanto se investe efetivamente em prevenção? As unidades especializadas da PMMG contam com estrutura e efetivo suficiente? O Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) tem conseguido executar projetos estratégicos? É imperativo que o Maio Amarelo não se resuma a um ritual anual, mas se consolide como política pública contínua, integrada e multissetorial.

Mobilidade digital e cidades inteligentes: o futuro exige ação agora

A dinâmica do trânsito mudou. O crescimento de aplicativos de transporte, ciclomobilidade, veículos elétricos e automação urbana impõe novos paradigmas. Nesse cenário, políticas públicas precisam dialogar com inovações como inteligência artificial preditiva, análise de big data e plataformas de monitoramento em tempo real, elevando o patamar da segurança pública e da gestão viária.

Sociedade: apatia protocolar ou consciência ativa?

Apesar da relevância, o envolvimento da sociedade ainda é fragmentado. Muitos cidadãos veem o Maio Amarelo como uma formalidade, desconectada da rotina. Para romper essa inércia cultural, é preciso envolver empresas, escolas, igrejas, universidades e coletivos civis. A mudança depende da construção de uma cultura cidadã de mobilidade, na qual cada pessoa compreenda seu papel como agente de paz no trânsito.

🧩 O trânsito começa em cada escolha individual

Mais do que uma campanha, o Maio Amarelo deve ser entendido como um chamado à responsabilidade coletiva. Os números gritam, mas cabe à consciência social reagir. É preciso transitar com empatia, dirigir com ética e planejar com inteligência. Somente assim será possível inverter a lógica da tragédia e consolidar o trânsito como um espaço de convivência segura, inclusiva e digna.

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