Itamaraty abre concurso para diplomata com 50 vagas e salário inicial de R$ 22 mil

Com provas em julho e agosto, processo seletivo exige curso superior, domínio de línguas estrangeiras e conhecimento em múltiplas disciplinas

O Ministério das Relações Exteriores abriu nesta segunda-feira (19), às 10h, as inscrições para o Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata (CACD), realizado anualmente pelo Instituto Rio Branco (IRBr). São 50 vagas para o cargo de terceiro-secretário, com salário inicial de R$ 22.558,56.

As inscrições devem ser feitas pelo site do Cebraspe, banca organizadora, até as 18h do dia 4 de junho. A taxa de inscrição é de R$ 229, com possibilidade de isenção para doadores de medula óssea e inscritos no CadÚnico.

Fases do concurso e datas

• 1ª fase: Prova objetiva com 240 questões em 20 de julho


• 2ª fase: Provas discursivas entre 23, 24, 30 e 31 de agosto

As avaliações ocorrerão em todas as capitais do país e no Distrito Federal.

Requisitos e estrutura da prova

Não há exigência de formação específica, mas é necessário possuir diploma de ensino superior reconhecido pelo MEC. O concurso é conhecido por sua alta complexidade, com provas que avaliam:

• Língua portuguesa


• História do Brasil


• História mundial


• Geografia


• Língua inglesa


• Política internacional


• Economia


• Direito

Na segunda fase, os candidatos ainda são testados em língua espanhola ou francesa.

Iniciativas de equidade e inclusão

Das 50 vagas disponíveis, 10 são reservadas para candidatos negros e 3 para pessoas com deficiência. O edital também prevê a convocação adicional de 75 mulheres para a segunda fase, visando corrigir desequilíbrios de gênero no acesso à carreira diplomática.

O que faz um diplomata?

O diplomata representa o Estado brasileiro no exterior, negocia interesses nacionais em conferências internacionais, presta atendimento consular a brasileiros no exterior e atua em diversas frentes da política externa. O ingresso na carreira se dá pelo Instituto Rio Branco, que oferece formação inicial aos aprovados.

Alta concorrência e dedicação extrema

Segundo o diplomata Jean Marcel Fernandes, coordenador de um curso preparatório, a maioria dos aprovados se dedica por dois a três anos exclusivamente aos estudos. Ele destaca o nível de exigência do concurso como um dos maiores do país.

“É uma seleção que exige não só domínio técnico de várias disciplinas, mas também resiliência emocional e intelectual para enfrentar uma maratona de provas altamente seletivas”, afirma o especialista.