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Âncora do 'Jornal Hoje' pede demissão da Globo após 'escândalo' milionário com banco

Foto do escritor: Jornal CarangolaJornal Carangola

Jornalista Dony De Nuccio

O jornalista Dony De Nuccio pediu demissão da Globo, nesta quinta-feira (1ª), após o Notícias da TV revelar o envolvimento do âncora do "Jornal Hoje" através de sua empresa Prime Talk Produções e Assessoria em negociações com clientes do banco Bradesco desde 2017. O acordo dele com a empresa geraria uma receita de R$ 60.436.800 em três anos. Antes, ele havia negado que participava das discussões de valores.


De acordo com informações divulgadas pelo Notícias da TV, ele enviou e-mail a Ali Kamel, diretor-geral de Jornalismo, em que reclama de violação de sigilo fiscal e de correspondência, mas admite que contrariou o código de conduta dos jornalistas da emissora e, por isso, decidiu apresentar sua carta de demissão.


“Frente à recente onda de ataques que venho sofrendo, e com indícios de criminosa invasão de computadores, arquivos e mensagens, procurei vasculhar o histórico de dois anos de e-mails enviados por mim enquanto cumpria função na empresa. De fato, na esmagadora maioria das vezes, eu não tratava de valores com contratantes. Mas, em algumas circunstâncias pontuais, e das quais eu sinceramente não me recordava, há sim menção a cifras e projetos. Nos poucos casos em que isso aconteceu, a proposta geralmente não prosperou e a contratação não foi efetivada. De qualquer forma, fui traído pela memória. E me penitencio por isso”, diz o trecho.


O site acessou cópias de 25 notas fiscais emitidas por Dony entre 2017 e 2018. Embora oito tenham sido canceladas, 17 totalizaram R$ 7.239.692, sendo duas delas emitidas com o valor de R$ 2 milhões cada. “Como afirmei anteriormente, não tinha conhecimento de que os tipos de serviços prestados pela empresa à qual estava ligado contrariavam normas da Globo. Reitero que minha função não era negociar valores com clientes, mas sim trabalhar na concepção dos projetos e em seu conteúdo”, explica no e-mail para Kamel. 


Para quem não sabe, a emissora possui código de ética que proíbe seus funcionários de usarem seus cargos para obterem vantagens pessoais e, no caso de apresentadores como De Nuccio, cederem sua imagem para vídeos sem prévia autorização. O jornalista entrou no lugar de Evaristo Costa no jornalístico vespertino da emissora em 2017. Diante do caso, a Globo divulgou nota informando que irá editar em breve um texto tornando mais claras as regras para participação de jornalistas em atividaes fora da emissora.

Relembre:

Atual âncora do "Jornal Hoje", Dony De Nuccio quebrou o código de ética da Globo e assinou um contrato com o Bradesco Seguros, virando, assim, o rosto do banco em vídeos passados para os funcionários. De acordo com informações do Notícias da TV, ele levou uma bronca da emissora ao violar a seguinte regra:


"É vedado a qualquer Integrante usar a visibilidade ou o prestígio do Grupo Globo, assim como seu cargo ou função para influenciar alguém ou obter vantagem pessoal, seja patrimonial ou de outra natureza". Ainda segundo a nota, ele pediu que o banco retirasse o conteúdo após confusão com a platinada. A TV Globo, inclusive, enviou uma nota. Confira:


"Dony de Nuccio informou que há cerca de um ano participou de uma produção audiovisual voltada exclusivamente para o treinamento de funcionários, com proibição expressa de que fosse exibida para clientes ou em televisão aberta ou fechada, rádio ou internet. Jamais se tratou de ser 'o rosto' de nenhuma empresa. O contratante honrou o contrato e nada fez de errado. Ele não consultou a TV Globo a respeito.

Dony afirmou que, diante do fato de que parte da produção se tornou pública, entrou em contato com o contratante para que o trabalho não seja mais utilizado. E que doará o cachê recebido à instituição de caridade. Dony disse que fez o vídeo por acreditar que não se tratava de publicidade, já que não se destinava a clientes ou ao público. Com o esclarecimento de Dony e as providências que ele próprio tomou, a Globo considera o caso encerrado. Alertou, contudo, o apresentador para o fato de que seu entendimento sobre a possibilidade de fazer esse tipo de produção está errado".
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