MapBiomas Revela Dados Inéditos sobre a Diminuição Alarmante da Cobertura Vegetal Herbácea e Arbustiva.
O Brasil testemunhou uma redução significativa de 16% em sua vegetação não florestal nativa ao longo de 38 anos, representando uma perda de 9,6 milhões de hectares de cobertura vegetal herbácea e arbustiva, revela um levantamento inédito do MapBiomas. Essa vegetação, composta por plantas de pequeno porte e estrutura não lenhosa, como gramíneas e ervas, ou com tronco lenhoso fino, como arbustos, desempenha um papel vital na biodiversidade e nos serviços ecossistêmicos.
Embora constituindo apenas 6% do território brasileiro, a vegetação não florestal é uma peça fundamental para a diversidade de espécies de plantas e animais, e fornece serviços ecossistêmicos valiosos. O ritmo de desmatamento dessa vegetação é alarmante, equiparando-se à perda de áreas florestais, evidenciando a urgência de ações eficazes.
O Cerrado lidera o desmatamento, perdendo 2,9 milhões de hectares, seguido de perto pelo Pampa, que, apesar de ser um bioma menor, registra uma impressionante perda proporcional de 30% da vegetação desde 1985. O Pantanal e o Pampa, biomas que abrigam diversas formas de vegetação não florestal, são especialmente impactados.
O Rio Grande do Sul, com 26% de seu território ocupado por essa vegetação, destaca-se, seguido por Roraima (20%) e Amapá (14%). Contudo, o Rio Grande do Sul e Mato Grosso estão entre os estados que mais perderam essa vegetação, com 3,3 milhões e 1,4 milhão de hectares, respectivamente.
Apesar das preocupações, as áreas protegidas ainda representam uma parcela limitada dessa vegetação, especialmente nos biomas não florestais como Pantanal e Pampa. Cerca de 61% da vegetação herbácea e arbustiva encontra-se em áreas privadas, exigindo uma abordagem equilibrada para garantir sua preservação.
Por @alexferreira.dna | Fique de olho!
Siga @jornalcarangola⤵️
Comments