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Casos notificados de sarampo quase dobram em 18 dias em Minas

O estado já registrou uma confirmação da enfermidade, que é tratada como importado, pois o paciente, um italiano, de 29 anos, que morava em Betim, na Grande BH, teria contraído a doença na Europa

O sarampo voltou a preocupar o mundo. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram aumento de 300% no número de casos nos primeiros três meses deste ano. O Brasil perdeu o certificado de país livre da doença por manter a transmissão do vírus por um período superior a 12 meses. Em Minas Gerais, as notificações suspeitas quase dobraram em 18 dias, saindo de 36 para 67 registros. O estado já registrou uma confirmação da enfermidade, que é tratada como importado, pois o paciente, um italiano, de 29 anos, que morava em Betim, na Grande BH, teria contraído a doença na Europa.


Dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG) mostram o aumento de notificações de sarampo neste ano. Até 4 de abril, o território mineiro tinha 36 registros suspeitos. Em 18 dias, o número subiu para 67. Destes, 30 foram descartados, 36 estão sendo investigados, e um foi confirmado, que é o caso do italiano. Os registros aconteceram em 31 municípios mineiros.

O sarampo preocupa por causa do seu alto contágio. A transmissão do sarampo pode ocorrer de uma pessoa a outra por meio de secreções expelidas ao tossir, falar, espirrar ou até na respiração. O contágio pode se dar ainda por dispersão de gotículas no ar, em ambientes fechados. Por isso, é considerada uma doença infecciosa viral extremamente contagiosa.

Os principais sintomas são manchas avermelhadas em todo o corpo, febre alta, congestão nasal, tosse e olhos irritados, além de poder causar complicações graves, como encefalite, diarreia intensa, infecções de ouvido, pneumonia e até cegueira, sobretudo em crianças com problemas de nutrição e pacientes imunodeprimidos.

Alerta


A SES recomendou aos municípios que façam busca ativa dos casos subnotificados. “É recomendável àqueles municípios silenciosos por oito (08) semanas epidemiológicas (SE) consecutivas ou dezesseis (16) SE alternadas, que realizem a busca ativa retrospectiva de casos junto aos atendimentos dos serviços de saúde locais. Se identificada a subnotificação de algum caso, que sejam promovidas as ações de controle (vacinação e atualização do Cartão de Vacinação dos contatos) e orientação aos profissionais de saúde”, informou a pasta.

“O desconhecimento da ocorrência de casos suspeitos coloca o estado em risco perante a forte possibilidade de reintrodução da doença, uma vez que manifestações clínicas como exantema associados ou não a febre, tosse, coriza e dores articulares são comuns em atendimentos corriqueiros vivenciados nos serviços de saúde”, explicou.

Outro alerta é sobre os sintomas. Devido a epidemia de dengue vivenciada em Minas Gerais, “o que exige dos profissionais de saúde maior atenção para detecção dos casos suspeitos de sarampo”.

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