O presidente Jair Bolsonaro anunciou na manhã desta sexta-feira, 21, que o advogado e major da reserva da Policial Militar, Jorge Antonio de Oliveira Francisco, irá assumir a Secretaria-Geral da Presidência da República. Francisco ocupará o lugar do general Floriano Peixoto Neto, que foi redirecionado por Bolsonaro à presidência dos presidência dos Correios.
Francisco já atua como subchefe de assuntos jurídicos da Casa Civil e, durante cerimônia no Palácio do Planalto disse que vai acumular as duas funções. Em pronunciamento, Bolsonaro chamou Floriano e Jorge para ficaram de pé ao seu lado. O presidente disse que a troca na secretaria-geral foi motivada por “uma missão” ao agora ex-ministro, em assumir a vaga do general Juarez Cunha, acusado por Bolsonaro de agir como “sindicalista” e que se manifestou contrário” à privatização da estatal, que é defendida pelo governo.
Francisco, que assumiu o cargo de ministro, foi apresentado por Bolsonaro como alguém próximo, que trabalha com ele há anos. “É uma pessoa que me acompanha há dez anos. É uma pessoa afeita à burocracia. Desejo boa sorte e temos plena confiança no trabalho dele”.
Jorge Antonio de Oliveira Francisco atuou no Congresso Nacional desde 2003 como assessor parlamentar da Polícia Militar do Distrito Federal, assessor jurídico no gabinete de Bolsonaro e também com chefe de gabinete e assessor jurídico do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
Esta é a quarta troca de ministros seis meses de governo e a terceira na Secretaria-Geral. Gustavo Bebianno, que assumiu a função no início da gestão Bolsonaro, foi demitido em fevereiro após desentendimentos com o presidente e seu filho Carlos Bolsonaro. O general Peixoto, que foi secretário-executivo de Bebianno, era próximo de Carlos Alberto dos Santos Cruz, demitido na semana passada da Secretaria de Governo. Quem assumiu no seu lugar foi general Luiz Eduardo Ramos. A outra mudança aconteceu na educação. Em abril, Bolsonaro demitiu Ricardo Vélez Rodríguez e nomeou Abraham Weintraub no lugar. “Não há previsão de mudar mais ninguém”, declarou Bolsonaro em entrevista coletiva ao Palácio do Planalto.
General Floriano Peixoto:
Nascido na pequena cidade de Tombos, General Floriano Peixoto residiu em Muriaé nos anos 1970. Pelo Exército Brasileiro, ele comandou várias ações de destaque que motivaram condecorações no país e no exterior, como a “Missão de Paz da Organização das Nações Unidas” (ONU), no Haiti, entre 2009 e 2010.
Em 2013, o general foi agraciado com o título de “Cidadania Honorária de Muriaé”, concedido pelo Poder Legislativo Municipal, por indicação do então prefeito, Aloysio Aquino. Na reserva do Exército desde 2014, Floriano Peixoto atuou como pesquisador do Instituto Brasil do King's College, de Londres. Floriano Peixoto Neto iniciou a carreira militar em 1973 e concluiu a formação na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) em 1976, na arma de infantaria. Paraquedista militar, assim como Bolsonaro, Floriano alcançou o posto de general de divisão (três estrelas), o penúltimo na hierarquia do Exército. Ele passou à reserva em março de 2014.
Floriano participou duas vezes da Missão de Paz das Nações Unidas no Haiti, uma como oficial de operações e outra como o comandante das forças militares no país. Ele liderava a missão quando ocorreu o terremoto no Haiti, em 2010. Além da formação militar, com experiências na Suíça e nos Estados Unidos, Floriano é formado em Administração de Empresas e tem MBA em Gerência Executiva.
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