Gás de cozinha sofre reajuste e pesa no bolso do brasileiro a partir de setembro

Famílias de baixa renda e pequenos comerciantes sentem impacto imediato do aumento entre R$ 5 e R$ 10 por botijão

O gás de cozinha, item essencial na mesa dos brasileiros, sofreu um novo reajuste nacional a partir de 15 de setembro. O aumento, que varia entre R$ 5 e R$ 10 por botijão de 13 kg, já é percebido em estados como Paraná, Piauí e Paraíba, onde o preço médio chegou a R$ 130.

Por que o gás aumentou?

O reajuste decorre do dissídio coletivo anual das distribuidoras, que leva em conta aumentos nos custos de transporte, mão de obra, logística e insumos como água e energia. Trata-se de um reflexo direto da pressão inflacionária sobre toda a cadeia de abastecimento.

Impacto direto nas famílias e no comércio

O aumento pesa mais fortemente sobre as famílias de baixa renda, que dependem do gás diariamente para cozinhar. Muitos já relatam a necessidade de reduzir refeições ou buscar alternativas como fogão à lenha.

Pequenos comerciantes, como padarias, bares e lanchonetes, também se veem ameaçados. Para muitos, o aumento no custo de produção pode inviabilizar negócios locais que já enfrentam dificuldades.

Diferenças regionais

Em algumas cidades, como Patos (PB), o reajuste foi mais brando, variando entre 1,5% e 3%, dependendo da forma de pagamento e do tipo de entrega. Ainda assim, a tendência é de alta generalizada no país.

O que vem pela frente?

Além do reajuste atual, já está previsto um novo aumento em janeiro de 2026, quando o ICMS sobre combustíveis sofrerá reajuste. Estima-se que o gás suba mais R$ 1,05 por botijão.

Essa realidade expõe uma contradição dolorosa: enquanto o custo da sobrevivência básica cresce, os salários seguem estagnados, forçando milhões de brasileiros a reinventar sua rotina para garantir o alimento diário.

Fonte: levantamento com dados de distribuidoras regionais