Frei Chico, irmão de Lula, defende investigação completa sobre fraudes no INSS

"Irmão de Lula que dirige sindicato alvo da PF diz querer investigação de ‘toda a sacanagem’ no INSS"

Operação Sem Desconto revela esquema bilionário de fraudes no INSS

Brasília — A Polícia Federal, em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou a Operação Sem Desconto, que investiga um esquema de fraudes bilionárias em descontos indevidos nos benefícios de aposentados e pensionistas do INSS. Entre as entidades investigadas está o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), cujo vice-presidente é José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, irmão mais velho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. :contentReference[oaicite:2]{index=2}

Sindnapi nega irregularidades e destaca trajetória de Frei Chico

Em nota oficial, o Sindnapi afirmou que sua diretoria é composta majoritariamente por ex-dirigentes sindicais com mais de 25 anos de atuação, incluindo Frei Chico, que iniciou sua militância nos anos 1960 como metalúrgico em São Bernardo do Campo (SP). A entidade ressaltou que já foi auditada anteriormente e que está tranquila quanto às investigações em curso. 

Crescimento expressivo na arrecadação do sindicato levanta suspeitas

Dados apontam que o Sindnapi teve um aumento de 78% nos valores de descontos em folha de 2020 para 2021, passando de R$ 22,2 milhões para R$ 39,6 milhões. A arrecadação total da entidade saltou de R$ 17,8 milhões em 2016 para R$ 90,5 milhões em 2023. Além disso, houve um aumento significativo nos pedidos de exclusão da associação ao INSS, chegando a 20 mil em janeiro de 2024. 

CGU aponta falta de autorização nos descontos

A CGU realizou uma auditoria com 1.300 beneficiários do INSS, dos quais 76,9% afirmaram não ter autorizado os descontos em folha para o Sindnapi. Em muitos casos, os aposentados e pensionistas acreditavam que os descontos eram obrigatórios. 

 Justiça determina afastamento de servidores e cancelamento de parcerias

Como resultado das investigações, a Justiça Federal determinou o afastamento de seis servidores públicos, incluindo o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que pediu demissão após ordem do presidente Lula. Além disso, foi determinado o cancelamento dos Acordos de Cooperação Técnica entre o INSS e as entidades investigadas.

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