Adolescente é apreendido por homicídio em Reduto; arma usada no crime foi escondida no quintal

Jovem de 17 anos confessou ter matado a mando de terceiro, que ofereceu drogas como pagamento

Um crime que chocou Reduto e expôs a vulnerabilidade de nossos jovens frente ao aliciamento criminoso. Na noite de sábado (7), um adolescente de 17 anos foi apreendido após confessar o assassinato de Kennedy Gonçalves Ramos, de 30 anos. O homicídio aconteceu na Rua Dona Dolira e, segundo a Polícia Militar, teria sido encomendado por um terceiro envolvido.

O corpo da vítima foi encontrado caído de costas, sem sinais vitais. A perícia confirmou uma perfuração causada por arma de fogo calibre .32, sem orifício de saída. A denúncia anônima foi essencial para desencadear a ação policial.

Equipes do Tático Móvel, GEPMOR e o serviço de inteligência do 11º BPM atuaram em conjunto. Testemunhas relataram ter visto o adolescente fugindo com a arma. Imagens de videomonitoramento corroboraram os relatos.

Durante a abordagem na residência do suspeito, foram encontradas cerca de 200 pedras de crack. O menor confessou o crime e declarou ter agido sob a promessa de pagamento em drogas. Após o homicídio, ele teria entregado a arma a outro menor, que a escondeu sob um pé de limão no quintal de uma residência próxima.

Outro adolescente foi apreendido por participar da ocultação da arma. Já o suposto mandante do crime, um jovem de Reduto, foi localizado e preso. Ele negou ser o autor intelectual, embora tenha confirmado encontros com o executor antes e depois do crime.

Todos os envolvidos foram conduzidos à UAI de Manhuaçu para exames e, posteriormente, à Delegacia de Polícia Civil para os trâmites legais. A operação revela não apenas a frieza do ato, mas também a urgência de políticas públicas integradas para proteção da juventude.

Este episódio é mais que uma ocorrência policial; é o espelho de uma sociedade em desequilíbrio, onde o tráfico coage, seduz e domina os mais vulneráveis. É preciso mais do que repressão: precisamos de um pacto social entre justiça, educação, comunidade e afetividade para reverter essa lógica brutal. O futuro de nossos jovens está em jogo.

Fonte: Folha das Montanhas | Polícia Militar de Minas Gerais