Operação Fernão de Noronha prende seis por sonegação fiscal de R$ 63 milhões em Juiz de Fora

MPMG desarticula organização criminosa que usava posto de combustíveis como fachada para lavagem de dinheiro

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deflagrou, na manhã de terça-feira (4), a segunda fase da Operação Fernão de Noronha, em Juiz de Fora. A ação, conduzida pela Coordenadoria Regional da Ordem Econômica e Tributária (Caoet) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) da Zona da Mata, resultou na prisão de seis pessoas e no cumprimento de 16 mandados de busca e apreensão.

Segundo as investigações, os alvos são integrantes de uma organização criminosa formada por membros de uma mesma família. O grupo utilizava o Posto Central, localizado na Avenida Francisco Bernardino, como fachada para sonegar ICMS e lavar dinheiro. A fraude teria causado um prejuízo superior a R$ 63 milhões aos cofres públicos desde 2008.

Além das prisões, a Justiça determinou o sequestro de 26 veículos, sete imóveis e o bloqueio de contas bancárias até o valor sonegado. A operação é resultado de uma denúncia apresentada pelo MPMG em 2022, com base em movimentações financeiras incompatíveis com a renda declarada e uso de empresas de fachada para ocultar patrimônio.

O grupo utilizava a personalidade jurídica do posto para emitir notas fiscais frias, simular operações comerciais e ocultar a origem ilícita dos recursos. A prática configura crimes de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e organização criminosa, conforme previsto na legislação brasileira.

O MPMG reforça que a operação visa proteger a ordem econômica e garantir justiça fiscal. A sonegação de impostos compromete serviços essenciais e gera concorrência desleal no setor empresarial.