Seja bem-vindo
Carangola,14/12/2025

  • A +
  • A -

Governo de MG recorre contra decisão que determina pagamento integral aos professores no 5º dia útil

TJMG determinou multa diária de R$ 30 mil em caso de descumprimento; professores seguem em greve

Fontes: Tribunal de Justiça de Minas Gerais; AGE-MG; Sind-UTE-MG
Governo de MG recorre contra decisão que determina pagamento integral aos professores no 5º dia útil

Governo de Minas recorre contra decisão que obriga pagamento integral de salários da educação no 5º dia útil



TJMG determinou multa diária de R$ 30 mil em caso de descumprimento; professores seguem em greve



A Advocacia-Geral do Estado de Minas Gerais (AGE-MG) recorreu contra a decisão judicial que obriga o governo a pagar integralmente os salários dos servidores da educação até o 5º dia útil do mês. O recurso foi protocolado na 3ª Câmara Cível do TJMG na sexta-feira (20).



Desde fevereiro de 2016, os servidores estaduais que recebem mais de R$ 3 mil têm seus vencimentos pagos de forma parcelada. O governo alega que a medida é consequência da crise financeira enfrentada pelo estado.



A desembargadora Albergaria Costa, ao conceder a liminar, destacou que “não se pode admitir que uma medida, a princípio excepcional, se torne permanente, sem perspectiva de solução, causando enorme prejuízo aos servidores que dependem da verba salarial, de natureza alimentar”. O governo deve cumprir a determinação sob pena de multa diária de R$ 30 mil.



Em nota, a AGE informou que pediu efeito suspensivo imediato da decisão. O advogado-geral do estado, Onofre Alves Batista Júnior, afirmou que não há recursos em caixa para cumprir a liminar e que “dinheiro não nasce de uma decisão”. Segundo ele, não existe previsão legal que obrigue o pagamento até o quinto dia útil.



Greve dos professores


Os professores da rede estadual estão em greve este mês devido aos constantes atrasos no pagamento das parcelas salariais. De acordo com o Sind-UTE-MG, a categoria deve retornar às salas de aula em 26 de julho, após a votação em 2º turno da PEC 49/2018, que estabelece que o salário dos profissionais da educação básica não seja inferior ao piso nacional.



No mês passado, servidores da educação também realizaram paralisações em protesto contra os atrasos.



Fontes: Tribunal de Justiça de Minas Gerais; AGE-MG; Sind-UTE-MG

Editorial

A insistência do governo em recorrer contra decisões que garantem o pagamento integral dos salários da educação revela um Estado que falha com seus servidores. O argumento da crise financeira não pode justificar a precarização permanente de uma categoria que sustenta o futuro de Minas Gerais.

Salário é verba alimentar, não moeda de negociação. Professores e especialistas não podem ser reféns de atrasos e parcelamentos que corroem sua dignidade. A decisão da desembargadora Albergaria Costa expõe o óbvio: medidas excepcionais não podem se tornar regra.

O Jornal Carangola reafirma: não há justiça social sem justiça salarial. O governo precisa parar de recorrer contra seus próprios servidores e começar a recorrer contra a própria inércia. Minas não pode continuar sendo o estado que falha com seus educadores.










COMENTÁRIOS

Buscar

Alterar Local

Anuncie Aqui

Escolha abaixo onde deseja anunciar.

Efetue o Login

Recuperar Senha

Baixe o Nosso Aplicativo!

Tenha todas as novidades na palma da sua mão.