Correios levantam empréstimo com juros no limite do Tesouro, dizem fontes
Os Correios conseguiram negociar um empréstimo com uma taxa de juros dentro do limite de 120% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), critério exigido pelo Tesouro Nacional para entrar como avalista da operação, garantem fontes.
Com o avanço, segundo interlocutores, a empresa espera agora que a proposta de crédito seja aprovada pela União nesta semana.
A empresa estatal teve a proposta de R$ 12 bilhões em crédito aprovada por um pool de bancos. São eles: Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander.
A operação depende agora do aval do Tesouro.
No início de dezembro, a União reprovou uma outra operação de crédito dos Correios por considerar excessivos os juros pedidos pelo bancos. À época, as instituições financeiras aceitaram fazer a operação de R$ 20 bilhões com juros de 136%, muito acima do limite de 120% do CDI.
Entenda
Os Correios registram um prejuízo superior a R$ 6 bilhões, no período acumulado de janeiro a setembro de 2025.
Diante da sua situação financeira, a empresa busca soluções para reequilibrar as contas, pagar dívidas e honrar os salários dos funcionários.
Para alcançar esse objetivo, os Correios elaboraram um plano de reestruturação que prevê, entre outras medidas, o fechamento de agências, a venda de imóveis e um programa de demissão voluntária — com potencial de desligar cerca de 15 mil funcionários entre 2026 e 2027.
Outra possibilidade considerada é um aporte direto do Tesouro Nacional para cobrir parcialmente o prejuízo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o aporte pode ocorrer via crédito extraordinário ou por meio de PLN (Projeto de Lei do Congresso Nacional), caso o governo considere necessário.
Porém, qualquer apoio financeiro está condicionado ao plano de reestruturação da companhia, informou o chefe da pasta econômica.





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