Corrupção bilionária é investigada pela Polícia Federal. Mandados são cumpridos em Juiz de Fora
Empresas envolvidas têm atividades suspensas e Justiça bloqueia R$ 3,5 bilhões

PF investiga esquema bilionário de corrupção: Justiça bloqueia R$ 3,5 bilhões e suspende empresas
PF cumpre mandados em Juiz de Fora por corrupção e lavagem de dinheiro; Justiça bloqueia R$ 3,5 bi de investigados
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Operação Teatro Invisível II revela rede sofisticada de crimes financeiros e políticos
Na manhã desta quarta-feira (16), a Polícia Federal deflagrou uma nova fase da Operação Teatro Invisível, voltando os olhos da Justiça para o eixo Minas-Rio em uma investigação que expõe as entranhas de um sofisticado esquema de corrupção sistêmica, lavagem de dinheiro e obstrução da Justiça. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Juiz de Fora (MG) e em municípios fluminenses como Cabo Frio, Itaguaí, Mangaratiba e Rio de Janeiro. O valor bloqueado pela Justiça impressiona: R$ 3,5 bilhões.
Fraudes estruturadas e desvio de recursos públicos
A investigação aponta que os investigados — entre eles empresários e operadores políticos — estruturaram um esquema de fraudes licitatórias em diversos municípios do Rio de Janeiro. Empresas de fachada ou com movimentações financeiras atípicas eram utilizadas para vencer licitações direcionadas, enquanto milhões em recursos públicos eram desviados.
O modus operandi incluía o uso de “contas de passagem”, movimentações em dinheiro vivo, e a aquisição de bens de luxo que, muitas vezes, sequer eram declarados às autoridades fiscais. A Polícia Federal destacou que parte desses valores pode ter sido usada para financiar campanhas eleitorais com recursos não declarados, configurando prática de caixa dois.
Justiça endurece: bloqueio de bens e paralisação empresarial
Além dos mandados de busca, a Justiça determinou a suspensão das atividades de oito empresas envolvidas nas fraudes. Os valores bloqueados ultrapassam a marca dos R$ 3,5 bilhões, configurando uma das maiores ações recentes contra o crime financeiro no país.
Segundo fontes próximas ao caso, parte do material apreendido na primeira fase da operação (em setembro de 2024) forneceu indícios sólidos que levaram à nova ofensiva. Ainda assim, os investigados tentaram eliminar provas, destruindo documentos e registros digitais.
Impactos políticos e institucionais
A amplitude da operação acende um alerta sobre os riscos à integridade do processo democrático, sobretudo ao revelar possíveis interferências financeiras ilícitas nas eleições de 2024. A atuação da PF representa um movimento importante no combate à corrupção eleitoral e à captura do Estado por interesses privados escusos.
O caso reforça a importância da participação cidadã, da fiscalização social e do fortalecimento das instituições de controle como pilares de uma democracia saudável e transparente.
Próximos passos da investigação
As investigações seguem em andamento e novas fases não estão descartadas. A Polícia Federal trabalha para rastrear a origem e o destino dos recursos desviados, identificar todos os envolvidos e recuperar o máximo possível do erário público dilapidado.
Até o momento, os nomes dos investigados permanecem sob sigilo judicial, enquanto os autos revelam a dimensão técnica, operacional e política da organização criminosa. O cerco aperta, e o Brasil assiste a mais um capítulo da longa batalha contra a corrupção sistêmica.
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