Conclave: relembre quando o Brasil quase teve um papa



Durante séculos, os líderes da Igreja Católica Romana são escolhidos no Vaticano, em reuniões privadas chamadas de conclaves.





Na quarta-feira (7), os cardeais reunidos ainda não chegaram a um consenso sobre quem será o sucessor do Papa Francisco. As votações continuarão na quinta-feira (8).



Sete brasileiros participam deste conclave. Entre eles se destaca Dom Sérgio da Rocha, arcebispo de Salvador (BA), que integrou o grupo de conselheiros de confiança do Papa Francisco.



Quando o Brasil quase teve um papa



Em 1978, durante o conclave que elegeu João Paulo II, o cardeal brasileiro Aloísio Lorscheider, de Fortaleza, teve papel de destaque. Ele chegou a receber os dois terços dos votos necessários para ser eleito papa.



No entanto, segundo o escritor e religioso Frei Betto, ao ser perguntado se aceitava o resultado, Lorscheider recusou o pontificado, alegando problemas de saúde. Na época, ele havia se submetido a uma cirurgia cardíaca e possuía oito pontes de safena.



A recusa foi compreensível, considerando que o conclave ocorreu pouco após a morte do Papa João Paulo I, que ficou no cargo por apenas 33 dias. Sua morte repentina gerou teorias da conspiração, mas a versão oficial afirma que ele faleceu dormindo, vítima de um ataque cardíaco, aos 65 anos.



O sucessor eleito, João Paulo II, teve um pontificado duradouro: 26 anos, 5 meses e 18 dias, até sua morte em 2005.



Curiosamente, Lorscheider viveu mais do que João Paulo II, falecendo em 2007, dois anos após o papa polonês.



Publicado originalmente em: Jornal Carangola