A Justiça de São Paulo determinou que a Enel restabeleça o fornecimento de energia elétrica em até 12 horas para os moradores que ainda estão sem luz desde a última terça-feira, dia 9. Caso contrário, a concessionária poderá pagar multa de até R$200 mil por hora. A decisão atende a um pedido do Ministério Público e da Defensoria Pública do Estado.

Quase 500 mil imóveis continuam sem energia na Grande São Paulo, três dias depois da ventania que atingiu a região. Só na capital, são mais de 360 mil consumidores afetados, segundo a própria Enel.

A Justiça determinou prioridade para delegacias, presídios, escolas, creches, sistemas de abastecimento de água e locais com a presença de idosos ou pessoas com deficiência. Também exigiu que a Enel mantenha canais de atendimento em funcionamento, sem falhas ou dificuldades que impeçam o registro das ocorrências de falta de energia.

A concessionária informou na manhã deste sábado (13) que ainda não tinha sido oficialmente notificada da decisão e que segue trabalhando para normalizar o serviço. Segundo a Enel, mais de 3 milhões de clientes já tiveram a energia restabelecida.

O apagão foi causado por um ciclone extratropical, com ventos de até 100 quilômetros por hora, que derrubaram centenas árvores e danificaram a rede elétrica. O temporal também afetou os aeroportos de Guarulhos e Congonhas, mas, na manhã deste sábado, as operações já ocorreram normalmente.