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Carangola,22/09/2025

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Palestinos temem retirada permanente de Gaza após Israel demolir prédios

cnnbrasil.com.br
Palestinos temem retirada permanente de Gaza após Israel demolir prédios

Durante uma década, o bancário palestino Shady Salama Al-Rayyes pagou US$ 93 mil (equivalentes a R$ 495 mil) em uma hipoteca de seu apartamento em um prédio alto e moderno em um dos bairros nobres da Cidade de Gaza.


Agora, ele e a família estão na miséria, após fugirem de uma ofensiva israelense de demolições que transformou o edifício em uma nuvem de fumaça preta e poeira.


O ataque de 5 de setembro à Torre Mushtaha, de 15 andares, marcou o início de uma intensificação da campanha militar israelense de demolição de prédios altos, antes de uma ofensiva terrestre ao coração da cidade densamente povoada, que começou nesta semana.




Nas últimas duas semanas, as forças armadas israelenses afirmam ter demolido até 20 prédios de apartamentos na Cidade de Gaza que, segundo elas, são usados ​​pelo Hamas.


O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que 50 “torres terroristas” foram demolidas.


A campanha deixou centenas de pessoas desabrigadas.


Em um período semelhante, forças israelenses arrasaram áreas nos bairros de Zeitoun, Tuffah, Shejaia e Sheikh al-Radwan, entre outros, disseram dez moradores à agência de notícias Reuters.


Os danos sofridos por dezenas de prédios em Sheikh al-Radwan desde agosto são visíveis em imagens de satélite analisadas pela agência de notícias.


O bancário palestino Shady Salama Al-Rayyes disse temer que a destruição tivesse como objetivo expulsar permanentemente a população da Cidade de Gaza, uma visão compartilhada pelo ACNUDH (Escritório de Direitos Humanos da ONU).




Fumaça sobe enquanto prédio residencial desaba após ataque israelense na Cidade de Gaza
Fumaça sobe enquanto prédio residencial desaba após ataque israelense na Cidade de Gaza • REUTERS/Dawoud Abu Alkas

Seu porta-voz, Thameen Al-Kheetan, afirmou em um comunicado que tal esforço deliberado para realocar a população equivaleria a uma limpeza étnica.


Al-Rayyes afirmou que não pode arriscar a segurança de seus filhos, por isso está fazendo as malas e partirá para o sul, mas prometeu, no entanto, nunca deixar Gaza completamente.


O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, declarou em maio que a maior parte de Gaza seria em breve “totalmente destruída” e a população confinada a uma estreita faixa de terra perto da fronteira com o Egito.


Israel, que pediu a saída de todos os moradores civis da Cidade de Gaza durante a ofensiva, fechou na semana passada uma passagem para o norte de Gaza, limitando ainda mais o escasso suprimento de alimentos.


Em resposta a perguntas para esta reportagem, o porta-voz militar israelense, tenente-coronel Nadav Shoshani, falou que não havia uma estratégia para arrasar Gaza. Ele afirmou que o objetivo dos militares era destruir o Hamas e trazer os reféns de volta para casa.


Prédios altos foram usados ​​pelo Hamas para observar e atacar as forças israelenses, disse ele, acrescentando que o grupo militante islâmico usou civis como escudos humanos e também colocou armadilhas em prédios. Soldados israelenses são regularmente mortos por IEDs (dispositivo explosivo improvisado) em Gaza.


O Hamas negou usar torres residenciais para atacar as forças israelenses.




















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