O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que seu governo fará um anúncio sobre descobertas sobre autismo na segunda-feira (22), mas não deu detalhes.

“Faremos um anúncio sobre autismo na segunda-feira”, disse Trump em um jantar oferecido pelo instituto conservador American Cornerstone.

“Acho que será um anúncio muito importante. Acho que será uma das coisas mais importantes que faremos”, completou.

O Wall Street Journal informou neste mês que o secretário de Saúde Robert F. Kennedy Jr. planeja anunciar que o uso do popular analgésico de venda livre Tylenol por mulheres grávidas está potencialmente ligado ao autismo, contrariando as diretrizes médicas que dizem que seu uso é seguro.

Os diagnósticos de autismo nos Estados Unidos aumentaram significativamente desde 2000, intensificando a preocupação pública.

Em 2020, a taxa de autismo em crianças de 8 anos nos EUA era de 1 em 36, ou 2,77%, acima dos 2,27% em 2018 e 0,66% em 2000, de acordo com os CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças).

Kennedy afirmou que os EUA estão sob o domínio de uma “epidemia de autismo” alimentada por “toxinas ambientais”.

Décadas de pesquisa não produziram respostas definitivas sobre o que contribui para o autismo, mas muitos cientistas acreditam que a genética, potencialmente em combinação com influências ambientais, desempenha um papel.

Trump antecipou outro anúncio para esta semana, dizendo que seu administrador dos Centros de Serviços Medicare e Medicaid, Mehmet Oz, implementaria um modelo de “nação mais favorecida” para a precificação de medicamentos.

O objetivo é reduzir os preços dos medicamentos prescritos nos EUA para os menores pagos pelos países membros da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que inclui a maioria das maiores economias do mundo.

“O Dr. Oz está no comando, é um cara inteligente e durão, e espero que ele faça isso”, disse Trump no evento. “E se os países nos dificultarem, vamos impor tarifas a eles.”