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Carangola,14/12/2025

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Mulher que teve parte dos lábios arrancados por companheiro passa por cirurgia de reconstrução

g1.globo.com
Mulher que teve parte dos lábios arrancados por companheiro passa por cirurgia de reconstrução


Mulher tem parte do lábio arrancado por companheiro
A mulher de 46 anos que teve parte dos lábios arrancados e foi mantida em cárcere privado pelo companheiro durante uma discussão motivada por ciúmes, precisou passar por cirurgia de reconstrução labial.
O caso de extrema violência contra a mulher foi registrado no fim de novembro em Juiz de Fora e o agressor, que mordeu e engoliu parte do lábio da vítima, foi indiciado pela Polícia Civil por tortura e cárcere privado.
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O advogado da vítima, Ulisses Sanches da Gama, confirmou à TV Integração que a mulher precisou passar por uma cirurgia plástica emergencial, mas deve passar por novos procedimentos de reconstrução labial devido à gravidade da lesão.
“Foi feito a princípio uma contenção da ferida, que foi muito grande. As mulheres vítimas, elas carregam esse trauma para o resto da vida”, disse o advogado.
O homem teve a prisão em flagrante convertida para preventiva e segue preso no Ceresp em Juiz de Fora.
Detalhes da agressão e prisão
As agressões contra a mulher ocorreram no último dia 23 de novembro. Conforme a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), o crime aconteceu depois que o casal saiu de uma festa.
Motivado por ciúmes, ele manteve a vítima trancada dentro de casa e a agrediu. As agressões causaram lesões graves, entre elas uma mutilação permanente: o homem mordeu, arrancou e engoliu parte do lábio da companheira.
“Eles discutiram, ela queria ir à casa dele para buscar as coisas dela, uma mochila, e chegando lá ele não deixou que ela fosse embora, queria manter relações sexuais, o que ela não queria, então ele enfurecido ele começou a agredi-la”, explicou o advogado Ulisses.
Para a delegada responsável pelo caso, Alessandra Azalim, a mutilação revela um comportamento desumanizado do agressor, que tratou o corpo da mulher como um território sob domínio.
“Essa vítima foi submetida a intenso sofrimento físico e mental, foi ameaçada, impedida de se defender e teve sua liberdade restringida”, disse a delegada responsável pelo caso, Alessandra Azalim.
📊 Violência diária e novo observatório
Em Juiz de Fora, a cada 24 horas, dez mulheres sofrem algum tipo de violência doméstica. Para entender quem são as vítimas e em que contexto os casos acontecem, foi criado o 'Observatório Estadual da Mulher Contra a Violência'.
A partir de agora, as agressões passam a ser registradas com mais detalhes. A lei que criou o Observatório obriga o registro de dados completos da vítima, como:
Identidade
Raça
Escolaridade
Profissão
Situação socioeconômica
Além disso, as formas de violência também passam a ser monitoradas, incluindo:
Psicológica
Moral
Patrimonial
Perseguição
Importunação sexual
A advogada Flávia Machado ressaltou a importância da nova ferramenta:
"Ela vai tornar o invisível, visível. Uma vez identificada e havendo políticas públicas no sentido de protegê-la, essa mulher será vista", disse Flávia Machado.
Os relatórios serão divulgados a cada seis meses a fim de guiar políticas públicas mais eficientes em todo o estado.
Veja violências que se enquadram na Maria da Penha
Elaboração própria/g1
Como denunciar violência contra a mulher
Juiz de Fora conta com a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, localizada no 2º andar do Shopping Santa Cruz, no Centro, com atendimento de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 18h30.
Localizada na Av. Barão do Rio Branco, 967, no Bairro Mariano Procópio, a Casa da Mulher Segura funciona de segunda a sexta-feira, em horário comercial, e oferece acolhimento, escuta e encaminhamento à rede de atendimento para que as mulheres saíam de situações de risco.
Outra opção é o Núcleo de Atendimento da Mulher, administrado pela Ordem dos Advogados do Brasil Subseção Juiz de Fora (OAB/JF), também localizado no 2º piso do Santa Cruz Shopping.
Gerida pela Prefeitura, a Casa da Mulher oferece atendimento de segunda a sexta-feira, de 8h as 17h, na Avenida Garibaldi Campinhos, 169, no Bairro Vitorino Braga.
Já à noite, nos fins de semana e feriados, as ocorrências são atendidas pela Delegacia de Plantão, no Bairro Santa Terezinha.
Em situações emergenciais, as vítimas também podem buscar auxílio remoto, pelos seguintes canais:
Polícia Miliar - telefone: 190. É quem atende as vítimas em situações emergenciais.
Polícia Civil - telefone: 181.
Central de Atendimento à Mulher - telefone: 180. Além de receber denúncias de violações contra as mulheres, a central encaminha o conteúdo dos relatos aos órgãos competentes e monitora o andamento dos processos. O serviço também pode orientar mulheres em situação de violência, direcionando-as para os serviços especializados da rede de atendimento.
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